terça-feira, 29 de julho de 2008
Agradecimento à TV Diário
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Descaso na arborização urbana de Fortaleza: queda de árvore esmaga táxi na Parquelândia
Conclusão: O acidente foi causado por total ignorância técnica sobre manejo de arborização, bem como pela falta de planejamento urbano. Com certeza nem a árvore e nem o vento têm culpa do ocorrido. As Ficus nativas podem ser utilizadas em arborização urbana, são árvores bonitas e atrativas para a fauna, além de proporcionar boa sombra. São conhecidas por apresentar um amplo sistema radicular horizontal que pode atingir mais de dez metros de comprimento. Isso implica em certas limitações de espaço para seu plantio, sendo mais adequadas para grandes praças e parques. Não se deve serrar raízes laterais que sustentam a árvore sob o pretexto de construir ou reparar pisos, como no caso desse estacionamento. A cicatrizes de corte de raízes na base do tronco indicam que esse procedimento incorreto foi utilizado. O correto é utilizar pisos permeáveis que permitem aeração e oxigenação da raiz. O muro pode também ter interferido como obstáculo para o crescimento das raízes. Podas drásticas para diminuir o peso da parte aérea não resolveriam o problema, pois a remoção de galhos de grande diâmetro contribuiria para debilitar mais ainda a árvore e criar bolsões de decomposição no tronco, que acabaria por ficar oco e desabar. Este caso deveria servir de alerta para que se invista mais em formação de especialistas em arborização urbana. Além de se plantar a árvore certa no lugar certo é necessário que se planeje o desenho urbano da cidade para receber mais árvores e utilizar técnicas corretas de manejo. Só assim poderemos nos valer dos inúmeros benefícios ambientais proporcionados pela arborização. Acidentes que podem levar a perdas materiais e até de vidas humanas podem ser totalmente evitados. Existe uma extensa literatura sobre planejamento e manejo da arborização urbana disponível em idioma inglês. As técnicas corretas já foram desenvolvidas em outros países, só precisam serem adaptadas e implantadas no Brasil.
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Dosagem da quantidade de poda: uma remoção excessiva de galhos irá causar uma degradação progressiva em árvores maduras
Pruning dosage: excessive thinning of mature trees will cause decline
As práticas tradicionais nem sempre são as melhores
Quanto mais aprendemos sobre as árvores compreendemos que algumas práticas tradicionais são prejudiciais. Este é o caso do desbaste excessivo dos ramos, que em árvores maduras é mais destrutivo do que benéfico.
As árvores são sistemas energéticos.
A madeira da árvore é constituída de células. Essas células transportam, metabolizam, armazenam energia e reagem contra agressões externas. Geralmente, quanto mais energia armazenada, mais saudável será a árvore. Todos os cuidados com as árvores devem maximizar a quantidade de energia armazenada.
Como a remoção excessiva de galhos provoca injúrias em árvores maduras?
Os tecidos vivos necessitam de um suprimento contínuo de alimentos. A árvore fabrica a energia na forma de carboidrato nas regiões clorofiladas, principalmente nas folhas e ramos de menor diâmetro. A poda de tecido vegetal vivo remove parte dessa importante fábrica de alimento. A árvore torna-se fraca e susceptível a patógenos. Se a árvore não conseguir substituir os tecidos produtores de energia ela irá sofrer um declínio. A árvore em declínio utiliza mais energia armazenada do que produz. Esse declínio pode ser verificado como “dieback”, que consiste na morte progressiva dos ponteiros (ramos superiores da árvore). Esse fenômeno pode levar cerca de
UM MITO: as árvores quebram com ventos fortes porque estão com a copa muito densa
As árvores não atuam como velas de barcos em ventos fortes. Os ramos quebram quando eles têm junções enfraquecidas, cavidades degradadas ou devido à uma condição fitossanitária inadequada. Podas inadequados produzem pontos de acesso para decomposição e doenças. Uma remoção inapropriada dos ramos propicia uma maior quebra pelo vento. Isso ocorre devido à uma maior exposição dos ramos remanescentes à força do vento. A perda de tecido vivo saudável corresponde a uma perda de energia armazenada e a um aumento de tecido morto. O tecido morto é mais susceptível ao ataque de organismos decompositores.
UM FATO: as condições inadequadas de solo e não o vento são as piores inimigas da árvore
Os problemas mais sérios enfrentados pelas árvores em ambientes urbanos não são os ventos ou tempestades. Carência de nutrientes, regas, compactação do solo, herbicidas contribuem para que a árvore urbana viva cerca de um quarto da média de vida em relação a uma árvore em ambiente florestal.
Figura. Eixo y (vertical): % de madeira que pode ser removida da árvore por podas. Quanto mais nova for a árvore uma maior porcentagem de tecido vivo pode ser removida pela poda sem prejudicar a árvore. À medida que a árvore vai ficando mais velha aumenta a porcentagem de tecido morto que pode ser removido por intermédio de podas. Em árvores mais velhas muito pouco tecido vivo pode ser removido.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Cascas de árvores da caatinga: um grande potencial paisagístico para a arborização urbana
