sábado, 2 de agosto de 2008

Luzes melhoram segurança e qualidade de vida na cidade

Ter as ruas do bairro bem iluminadas é um desejo de muitos moradores de Maringá, onde a iluminação pública é deficitária, principalmente em razão da arborização

Mesmo com 47 mil lâmpadas espalhadas em postes e superpostes dispostos nas ruas, avenidas e praças da cidade, a iluminação pública de Maringá é deficitária. À noite, mesmo nas ruas centrais, as luzes não garantem uma luminosidade adequada para manter o bem estar e a segurança da população. O problema não afeta apenas pedestres, mas também os motoristas, motociclistas e ciclistas que precisam trafegar depois do pôr do sol.
A principal causa da deficiência da iluminação pública de Maringá é a arborização das ruas e avenidas que, por sua vez, é um dos maiores orgulhos dos maringaenses. "Se olharmos por cima, vemos que está tudo claro nas copas das árvores, mas nas ruas, avenidas e no passeio público, o nível de luminosidade está abaixo da necessidade", considera o engenheiro eletricista da Copel, Ayrton Pedro Belleze.
A colocação das luminárias nos topos dos postes da rede de energia da Copel não foi erro do passado na implantação da iluminação pública da cidade, mas pode-se dizer que faltou considerar, na fase de planejamento, o fato de que as árvores plantadas no passeio público cresceriam muito e seria preciso conciliar a necessidade da população de ter ruas bem iluminadas com a arborização viária que já havia sido desenhada no projeto original da cidade.
Em inúmeras ruas de bairros mais antigos como a Vila Operária, o centro e as zonas 2, 4 e 5, por exemplo, é mais fácil perceber que, mesmo com várias lâmpadas acesas nos alto dos postes, a sensação de quem transita na via é de o local está escuro. E, de um modo generalizado, é possível afirmar que a escuridão é quase um sinônimo de insegurança.
"Um local bem iluminado diminui as oportunidades de delitos", considera o relações públicas do 4º Batalhão da Polícia Militar, tenente Alexandro Marcolino Gomes. Para ele, a iluminação também contribui para a diminuição do consumo de drogas nas ruas e praças. "A luminosidade favorece porque uma pessoa com a intenção de praticar algum crime vai ser vista com mais facilidade pela população", diz.
O tenente reconheceu que pontos da cidade onde há escuridão oferecem uma "certa dificuldade" para a atuação preventiva do policiamento. "Não que seja um obstáculo para a gente, mas vemos como um problema para a população. A nossa orientação é que se a rua da sua residência está escura e têm acontecido crimes em razão disto, é preciso cobrar da prefeitura para que a iluminação seja consertada e não reclamar que a viatura não está no local."
O presidente do Conselho Municipal de Segurança de Maringá, Everaldo Moreno, acredita que o projeto para o rebaixamento da iluminação pública da cidade, previsto para ser iniciado ainda este ano, deverá colaborar com a questão da segurança. "Vemos que a iluminação pública é uma das áreas que precisam de atenção e investimento da administração pública e, talvez por isso, foi desenvolvido um projeto para o rebaixamento da iluminação no município", considera.
"Sabemos que a iluminação deficiente é apontada como uma das causas que estimulam a violência e que muitos pontos de Maringá onde se observa a prática de delitos, também há um comprometimento da iluminação pública."
Moreno conta que o próprio Conselho recebe reclamações e informações sobre a deficiência da iluminação. "Também percebemos que os próprios bandidos acabam depredando a iluminação para facilitar as ações criminosas", observa.
Segundo o presidente do Conselho, quando da implementação do plano "Tolerância Zero" na cidade de Nova Iorque, em que o rigor da polícia aumentou, uma das ações realizadas pelo Poder Público foi a melhoria da qualidade da iluminação das ruas e espaços públicos.
"Foram estruturadas várias ações como a recuperação do paisagismo, dos equipamentos públicos, das calçadas, a limpeza das pixações, e a iluminação foi inserida dentro deste contexto", lembrou.

Fonte: O Diário do Norte do Paraná, 19/06/2008
(http://www.odiariomaringa.com.br/noticia/194194)

Nenhum comentário: